Presidente do Senado e do Congresso ressaltou que o parlamento vai continuar apoiando medidas para tampar totalmente o rombo fiscal em 2024. Na semana passada, Lula disse que dificilmente a meta será atingida. O presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) engrossou nesta segunda-feira (30) às críticas à fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o país deixar a meta de zerar o déficit fiscal. Para Pacheco, abandonar a meta "colocaria o país em rota perigosa".
Pacheco afirmou ainda que o Congresso vai se esforçar para que o país continue perseguindo a meta.
Lula falou sobre a meta de zerar o déficit durante café da manhã com jornalistas na sexta-feira (27), no Palácio do Planalto.
"Eu sei da disposição do Haddad, sei da vontade do Haddad, sei da minha disposição. Já dizer para vocês que nós dificilmente chegaremos à meta zero", afirmou Lula.
O presidente destacou que não deseja abrir o ano de 2024 com cortes em investimentos, como. por exemplo, nas obras de infraestrutura.
"Eu não quero fazer corte de investimentos de obras. Se o Brasil tiver um déficit de 0,5%, o que que é? De 0,25%. o que é? Nada. Absolutamente nada. Vamos tomar a decisão correta e vamos fazer aquilo que vai ser melhor para o Brasil", disse Lula.
A declaração de Lula vem repercutindo mal no mercado financeiro e em setores do Congresso desde a sexta-feira. Agora foi a vez de Pacheco entrar no assunto.
"Devemos seguir a orientação e as diretrizes do ministro da Fazenda [Fernando Haddad], a quem está confiada a importante missão de estabelecer a política econômica do Brasil. Ir na contramão disso colocaria o país em rota perigosa", escreveu Pacheco em suas redes sociais.
"O parlamento tem essa compreensão e buscará contribuir com as aprovações necessárias, com as boas iniciativas e perseguindo o cumprimento da meta estabelecida", completou Pacheco.
Haddad também defende a meta
Mais cedo nesta segunda, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também saiu em defesa da meta de zerar o déficit fiscal em 2024.